TABELA 17 – AMAZÔNIA: TAXA MÉDIA DE DESFLORESTAMENTO BRUTO
(K m² / ANO) JAN/1 977 A AGO/1 998.
ESTADOS DA AMAZÔNIA |
77 / 88* |
88 / 89 |
89 / 90 |
90 / 91 |
91 / 92 |
92/94** |
94 / 95 |
95 / 96 |
96 / 97 |
97/98 |
ACRE |
620 |
540 |
550 |
380 |
400 |
482 |
1208 |
433 |
358 |
536 |
AMAPÁ |
60 |
130 |
250 |
410 |
36 |
- |
9 |
- |
18 |
30 |
AMAZONAS |
1510 |
1180 |
520 |
980 |
799 |
370 |
2114 |
1023 |
589 |
670 |
MARANHÃO |
2450 |
1420 |
1100 |
670 |
1135 |
372 |
1745 |
1061 |
409 |
1012 |
MATO GROSSO |
5140 |
5960 |
4020 |
2840 |
4674 |
6220 |
10391 |
6543 |
5271 |
6466 |
PARÁ |
6990 |
5750 |
4890 |
3780 |
3787 |
4284 |
7845 |
6135 |
4135 |
5829 |
RONDÔNIA |
2340 |
1430 |
1670 |
1110 |
2265 |
2595 |
4730 |
2432 |
1986 |
2041 |
RORAIMA |
290 |
630 |
150 |
420 |
281 |
240 |
220 |
214 |
184 |
223 |
TOCANTINS |
1650 |
730 |
580 |
440 |
409 |
333 |
797 |
320 |
273 |
576 |
AMAZÔNIA |
21130 |
17860 |
13810 |
11130 |
13786 |
14896 |
29059 |
18161 |
13227 |
17383 |
FONTE: INPE
TABELA 18 – AMAZÔNIA : TAXA MÉDIA DO DESFLORESTAMENTO
BRUTO (% ) JAN/1 977 A AGO/1 998.
ESTADOS DA AMAZÔNIA |
77 / 88** |
88 / 89 |
89 / 90 |
90 / 91 |
91 / 92 |
92/94*** |
94 / 95 |
95 / 96 |
96 / 97 |
97/98 |
ACRE |
0,42 |
0,39 |
0,39 |
0,28 |
0,29 |
0,35 |
0,86 |
0,31 |
0,26 |
0,40 |
AMAPÁ |
0,06 |
0,12 |
0,23 |
0,37 |
0,03 |
- |
0,01 |
- |
0,02 |
0,03 |
AMAZONAS |
0,10 |
0,08 |
0,04 |
0,07 |
0,06 |
0,03 |
0,14 |
0,07 |
0,04 |
0,05 |
MARANHÃO |
1,79 |
1,30 |
1,03 |
0,63 |
1,07 |
0,35 |
3,21 |
2,01 |
0,40 |
0,99 |
MATO GROSSO |
1,01 |
1,31 |
0,90 |
0,64 |
1,05 |
1,40 |
2,43 |
1,56 |
1,25 |
1,56 |
PARÁ |
0,62 |
0,55 |
0,47 |
0,37 |
0,37 |
0,42 |
0,78 |
0,62 |
0,41 |
0,58 |
RONDÔNIA |
1,11 |
0,78 |
0,91 |
0,62 |
1,27 |
1,46 |
2,75 |
1,45 |
1,18 |
1,23 |
RORAIMA |
0,18 |
0,39 |
0,10 |
0,27 |
0,18 |
0,15 |
0,14 |
0,14 |
0,11 |
0,14 |
TOCANTINS |
2,97 |
2,00 |
1,61 |
1,61 |
1,17 |
0,95 |
2,29 |
0,94 |
0,81 |
1,73 |
AMAZÔNIA |
0,54 |
0,48 |
0,37 |
0,30 |
0,37 |
0,40 |
0,81 |
0,51 |
0,37 |
0,48 |
FONTE: INPE
Os dados do Projeto PRODES apresentados pelo INPE em abril de 2 000 apresentam os resultados de 1 998, mostrando que as áreas desflorestadas na Amazônia Brasileira cresceram 27 % de 1 997 para 1 998. Em área bruta tivemos em 1 997 13.227 Km² desmatados e em 1 998 a estimativa foi de 16.838 Km².
Outros estudos com novas metodologias que levam em consideração o desmatamento seletivo e trabalhos sistemáticos de campo começam a ser desenvolvidos na Amazônia. Um deles, apresentado em março de 2000 é o desenvolvido pelo IPAM – Instituto Ambiental da Amazônia localizado em Belém juntamente com o ISA – Instituto Socioambiental de São Paulo.
O trabalho do IPAM / ISA nos apresenta dados bastante preocupantes, utilizando-se da interpretação de 208 imagens do satélite Landsat-5 com resolução de 28,5 metros, usando como base imagens do período 1 991-1 992 e interpretando-se imagens de períodos posteriores. Uma das conclusões do trabalho relativo ao eixo da rodovia federal BR – 174, trecho Manaus – Boa Vista (784 Km) é a previsão de desmatamento em 25-35 anos numa variação total de 21.700 Km² a 39.800 Km²
O cômputo do incremento de área desmatada pela agregação da extração seletiva de madeira na Amazônia Brasileira chegou a ser anunciado por cientistas ligados ao IPAM / ISA e divulgado pela revista inglesa Nature em abril de 1 999, apresentaram valores anuais em 1 998 que variavam entre 10.000 e 15.000 Km² de área severamente alterada pela extração seletiva de madeira.
O INPE realizou em 1999 um estudo contestando os valores publicados na Nature, mostrando que os valores da área desmatados por corte seletivo atingiram apenas 1.919 Km² em 1998.
A Ilustração 35 nos mostra um resumo do estudo do INPE, apresentado em abril de 2000 com a evolução do desflorestamento na Amazônia Brasileira, bem como separa os valores do corte seletivo e mostra a sua participação percentual nos totais desmatados desde 1988.
ILUSTRAÇÃO 35 – DESMATAMENTOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
1 988 A 1 998
Fonte INPE – 2 000
No caso específico de Roraima nota-se um incremento ano a ano da extração seletiva de madeira em paralelo com uma total ausência de projetos de manejo sustentado. A tudo isto se soma uma fiscalização inoperante e muitas vezes inexistente do IBAMA, trazendo tudo isto uma perspectiva de valores de desmatamentos no futuro que podem surpreender, já que o Projeto PRODES analisa por amostragem somente 5,6% do Estado, utilizando-se unicamente de uma imagem de satélite , onde mais de 40 % não são florestas e não corresponde às atuais áreas de assentamento onde ocorrem os desmatamentos O Estado de Roraima é coberto por mais de 20 imagens, das quais mais de 10 são de áreas florestais, passíveis de uma análise mais acurada.
5.2 – Fauna
A fauna no Estado de Roraima é bastante diversificada, e em função de estar inserida numa macro região faunística de contato entre floresta e savana nós temos interações ecológicas únicas na Amazônia Brasileira. Existem muito poucos estudos globais para a fauna da região, tanto pela razão da grande mobilidade das espécies como também pela ausência de estudos científicos sistemáticos.
Como exemplo de alguns estudos que abrangem parcelas da fauna do Estado temos alguns desenvolvidos por empresas de consultoria, dos quais se destacam as partes relativas à fauna nos EIA/RIMA das hidrelétricas do Paredão (médio Rio Mucajaí), realizado pela Engerio e da hidrelétrica do Rio Cotingo, realizado pela empresa Intertechne.
Recentemente o INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia publicou uma coletânea de diversos trabalhos desenvolvidos por cientistas do Instituto e de outras instituições, onde aparecem bons artigos sobre a fauna de Roraima.
O Museu Integrado do Estado de Roraima também possui algum acervo em termos de relatórios científicos sobre a fauna do Estado, bem como alguns exemplares preservados.
A Universidade Federal de Roraima iniciou algumas pesquisas sobre a fauna de Roraima, bem como a coleta de alguns exemplares para estudo.