SUMÁRIO

2- VANTAGENS DA CONSTRUÇÃO DE COTINGO

     2.1 – ECONÔMICAS:

              - BAIXO CUSTO DA USINA + LINHA DE TRANSMISSÃO
                 US$  158.000.000,00 (1ª FASE)
                 US$  238.000.000,00 (2ª FASE)
                  Custo  de  Geração  variando  de US$  30,00  a US$  50,00  por  
                  Megawatt hora

               -  ELEVADO POTENCIAL HIDROENERGÉTICO DISPONÍVEL
                  EM TODA A BACIA DO RIO  COTINGO A MÉDIA DISTÂNCIA
                  DE BOA  VISTA  :

 

                          SANTO ANTÔNIO DO PÃO........................................................468Mw

                          BACURAU.......................................................................................192Mw
                          SURAPI............................................................................................118Mw
                          UIACUÉ............................................................................................ 99Mw
                          TAMANDUÁ..................................................................................   10Mw 
                                   
                          Total Disponível...............................................................................887Mw
                              
                         Outras áreas do estado de Roraima com potencial hidroenergético:

RIO BRANCO ( Bem Querer)........................................................348 Mw

                        RIO MUCAJAÍ ( Paredão...- AltAlegre............. .............................10 Mw

 

RIO JATAPU    ...................................................................................10 Mw

 

Total disponível.................................................................................368 Mw

 

                  ( * )  Fonte: Comitê Coordenador dos Estudos Energéticos da Amazônia – ENERAM– 1972.

           

 

  1. “ ROYALTIES” para os Municípios de Boa Vista e Normandia, além do Estado de Roraima.

 

  1. RECURSOS MINERAIS  :A Bacia de  inundação da UHE do Cotingo não atingirá áreas de potencial  mineral, a não ser alguns pequenos garimpos localizados no leito do rio Cotingo (Água Fria e Puxa Faca)   sem significado econômico regional de destaque.

 

2.2 – SOCIAIS

              Atendimento até o ano 2 010 da demanda de energia de todo o centro e   Nordeste do Estado de Roraima, implicando isto:
 

  1. Aumento da produção industrial e conseqüente geração de empregos

-     Melhoria da qualidade de vida das populações urbanas e rurais

  1. Incremento da irrigação agrícola e pastoril com conseqüente aumento da

      produção e oferta de alimentos

  1. Possibilidades das populações  indígenas poderem integrar-se progressiva e  

       harmoniosamente à comunhão nacional ( Estatuto do Índio – ART. 1º) com              
       uma energia de baixo impacto ambiental.

  1. Redução drástica do atual êxodo rural que ocorre no Nordeste de Roraima    

       para   a capital, composto por agricultores  índios como não índios ,fixando- 
       os no  interior através da irrigação e projetos atrativos.

  1. Melhoria da qualidade de vida de aproximadamente 14 000 índios que vivem

       na periferia de Boa Vista e pelo Estado, bem como principalmente dos
      10   097 índios e dos 15 000 não índios que habitam a área de passagem da

distribuição de energia de Cotingo (Nordeste de Roraima ) que através de 85 malocas e 297 fazendas produtivas de não índios , poderia, dentro de um conjunto harmônico, tornar a área numa região das mais produtivas do Estado.
Melhoria sensível da qualidade de vida das populações urbanas do Estado (+ de 60% do total) através do repasse dos “ROYALTIES”  a serem pagos às comunidades indígenas, aos municípios e ao Estado através de:

  1. INDUSTRIALIZAÇÃO (AGRO-INDÚSTRIAS)
  2. IRRIGAÇÃO
  3. ILUMINAÇÃO PÚBLICA E DOMICILIAR
  4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
  5. EMPREGOS
  6. IMPOSTOS
  7. PROGRESSO SOCIAL

 

  1. Fornecimento de energia firme e constante para a maior parte da população do Estado, principalmente para Boa Vista, Caracaraí, Mucajaí e Alto Alegre (+ 200.000 habitantes) e todo o Nordeste de Roraima ( 30.000 habitantes), possibilitando ainda que sejam implantadas indústrias na área, gerando empregos e divisas para o Estado e País.
  1. Não existem comunidades indígenas permanentes dentro da área de inundação, mas sim somente pequenas aglomerações de habitações de não índios, de caráter provisório, como é o caso dos garimpos de Puxa Faca e Água Fria terão de ser retiradas. A fazenda  Santo Antônio do Pão terá uma parte de suas instalações inundadas, não existindo reação negativa dos seus proprietários, que defendem a construção da usina.

 

  1. Independentemente do que é noticiado, a maioria quase absoluta dos indígenas da área específica e da região de influência direta da usina, concorda com o empreendimento. Temos a  SODIUR - Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima, com aproximadamente 4 000 indígenas e ARIKON – Associação regional Indígena do Rio Quinô e Monte Roraima com representatividade de mais de 1.100 índios, que definiram em documentos e em entrevistas à imprensa o seu apoio à construção.

 

2 .3 - AMBIENTAIS

  1. EIA/RIMA da Hidrelétrica do Cotingo:

 

              Independentemente de baixa qualidade técnica-científica do EIA/RIMA apresentado, duramente criticado pelo INPA e especialistas da área, somado à uma audiência pública muito mal conduzida, os impactos positivos derivados da construção e operação da hidrelétrica do Cotingo são esmagadoramente mais efetivos do que os negativos. Como impacto negativos mais preocupante ( levantado por D. Aldo Mongiano - Bispo de Boa Vista, na audiência pública do EIA/RIMA), mas de possível solução, irá ser o provocado pela população flutuante do canteiro, de obras da usina, onde teremos mais de 500 trabalhadores na área. O isolamento do acampamento somado à um deslocamento de pessoal para Boa Vista nas folgas são soluções que ajudariam a minimizar bastante o problema apresentado.

              A  hidrelétrica do Cotingo é sem  sombra de dúvidas uma melhor
       alternativa ambiental do que a  expansão do parque termoelétrico de Boa
       Vista. Atualmente temos a produção precária de 31,6Mw, enquanto que a   
       produção projetada como demanda para 1 997, somente para a área urbana
       de Boa Vista, Caracaraí, Mucajaí e Alto Alegre vai ser de 51,6 Mw, o que
       exige a duplicação do atual sistema, o que implicará em:

  1. AUMENTO SIGNIFICATIVO DA POLUIÇÃO DO AR  DE BOA VISTA
  2. RISCOS AMBIENTAIS TAIS COMO ROMPIMENTO DE TANQUES E BALSAS, ETC
  3. ELEVADO CUSTO DOS COMBUSTÍVEIS
  4. FALTAS PERIÓDICAS DE COMBUSTÍVEL NO VERÃO DEVIDO AO BAIXO NÍVEL DO RIO BRANCO PARA NAVEGAÇÃO DAS BALSAS
  5. REDIMENSIONAMENTO DAS ATUAIS LINHAS DE TRANSMISSÃO
  6. ELEVADO NÍVEL DE RUÍDO DAS USINAS AFETANDO AS ÁREAS URBANAS PRÓXIMAS
  7. SUCATEAMENTO DO ATUAL EQUIPAMENTO DE GERAÇÃO QUE É PROCEDENTE DE OUTRAS ÁREAS ONDE TEVE GRANDE UTILIZAÇÃO (CAMAÇARI –BAHIA)

 

              A UHE do Cotingo não apresentará os graves problemas ambientais      
           atualmente encontrados em usinas hidrelétricas da Amazônia devido:

              A  bacia do Médio rio Cotingo é totalmente atípica com relação aos              
      ecossistemas amazônicos, principalmente pela cobertura vegetal pobre e 
      rarefeita ( savana estépica ), fauna muito escassa, altas declividades,     
      predominâncias absoluta de solos pedregosos, etc.

              Reduzidíssima  biomassa a ser inundada, gerando consequentemente
       poucos gases que podem vir a acidificar as águas do lago e a conseqüente
       corrosão das turbinas

              A UHE do rio Cotingo terá uma elevada renovação das águas do seu
       reservatório que evitará problemas com a qualidade das águas, muito
       comuns em ambientes lacustres artificiais.

              Somados a todos estes fatores temos a dismitificação de hipóteses e
       conceitos alarmistas sobre a qualidade ambiental das hidrelétricas na
       Amazônia que não se confirmaram  com o passar do tempo, tendo sido
       observados até comportamentos positivos nas UHE de Tucuruí, Balbina e
       Samuel

 

              A  UHE do rio Cotingo ajudará muito na redução da elevada turbidez das
       águas do médio rio Cotingo , atualmente muito poluídas pela mineração
       clandestina e predatória, feita por garimpeiros que arrendam terras dos
       indígenas das malocas da  Maloquinha e Caju, tudo apoiado indiretamente pela
       Funai. Com a melhoria da turbidez do rio e a implantação do repovoamento de
       peixes será possível a pesca de  subsistência no baixo vale do Cotingo e baixo
       rio Surumu

              A área de inundação da UHE do Cotingo não possui ecossistemas
       significativos, sendo pedregosa, alta declividades, com poucas manchas de
       vegetação do tipo savana estépica. A fauna é muito reduzida, principalmente
       devido à caça realizada a muitas décadas e também devido `a  pouca
       sustentabilidade dos ecossistemas da área

              A Hidrelétrica do Cotingo será sem sombra de dúvidas a usina de maior
       eficiência ambiental na Amazônia, pelos dados disponíveis uma das mais
       eficientes do Brasil. A tabela a seguir nos dá a listagem das principais
       hidrelétricas da Amazônia, com suas características e seu índice de potência
       gerada dividida por áreas inundada.

 

 


    2.4 – USOS MÚTIPLOS

 

  1. Permitirá a navegação livre, até por calados maiores numa distância de mais de 30 quilômetros (trecho entre a barragem na cachoeira do Tamanduá até a foz do rio Quinô) dando uma alternativa muito mais econômica, segura e rápida, já que a estrada atual ( RR – 171 ) não oferece as mínimas condições de trafegabilidade entre Santo Antônio do Pão e a localidade do Caju, principalmente durante a estação das chuvas
  1. Permitirá a irrigação por gravidade ou por bombeamento de uma área agriculturável bastante significativa, atualmente inviabilizada pela seca no verão e falta de acesso no inverno

 

  1. Introdução da piscicultura comercial que poderá ser uma das maiores fontes de receita para as populações que se estabelecerem nas áreas próximas às margens do reservatório a criação, conforme previsto no projeto básico, de uma estação de piscicultura junto à barragem promoverá `as populações das áreas de influência direta do projeto (índios principalmente) um acesso fácil e barato a proteína de alta qualidade, sendo que a população da área no momento atual tem pouquíssimas chances de consumir um pescado.
  1. Regularização  das vazões do baixo curso do Cotingo, evitando-se as enchentes sazonais e permitindo-se ter uma utilização das suas margens para agricultura com um fornecimento de água garantido e constante.

 

 

 

2.5 – ESTRATÉGICAS

 

  1. Ocupação e defesa dos espaços fronteiriços do Estado através do adensamento populacional, melhoria da qualidade de vida da população e integração harmoniosa dos indígenas à sociedade envolvente, participando as mesmas do processo produtivo

     

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