Zoneamento Ecológico

 

 

 

 

 

 

 

 

ocorrido. A correção do solo e adubação são aquelas situadas no item 3.1, sendo que as
demais recomendações tecnológicas, como: Tratamento e inoculação de sementes, controle de
pragas, doenças e invasoras, etc., seguem as recomendações gerais feitas pelo Centro
Nacional de Pesquisa de Soja da Embrapa. As áreas de produção foram sempre áreas novas
(1º plantio).
Tabela 19. Plantios de soja em Roraima no período 1989/1997, cultivares utilizadas, melhor
produtividade e principais problemas. Embrapa - CPAF - RR, 1998.

 

 

 

 

 

7. ESTIMATIVA DA NECESSIDADE DE CUSTEIO AGRÍCOLA
7.1. Custos
Estimativa Média de Custeio Para Lavouras Básicas.

 

Fonte: SEPLAN/RR (1999)
7.2. Estimativa da quantidade de calcário, fósforo e potássio
A soja, para se desenvolver e produzir boas colheitas, precisa de condições de pH
adequadas (5,5 - 6,0), ausência ou pequenas quantidades de elementos tóxicos (Al e Mn),

 

além da disponibilidade de todos os nutrientes necessários, na quantidade desejada e na época
apropriada. A quantidade de nutrientes que a cultura de soja necessita para produzir uma
tonelada de grãos está relacionada na tabela 20, a seguir.
Tabela 20. Quantidade de nutrientes absorvidos e exportados nos grãos da soja em cada
tonelada produzida. Embrapa - Roraima, 1991.

 

Através destas experimentações, a campo, nos solos de cerrado do Estado, ficaram
definidas pela Embrapa as seguintes recomendações básicas médias de calagem, fósforo,
potássio e micronutrientes:
- Correção do solo: - 1300 kg/ha de calcário (100% PRNT)
- 50 kg/ha de FTE (micronutrientes)
- Adubação: - 90 kg/ha de P2O5
- 80 kg/ha de K2O
A correção do pH e a elevação dos níveis de Cálcio e Magnésio é feita pela calagem,
a correção dos níveis de micronutrientes é feita pela aplicação de FTE, cuja validade se
prolonga para 3 a 4 anos. O N é fixado pelas bactérias contidas no inoculante e o enxofre pela
decomposição da matéria orgânica ou pela adubação. O fósforo e o potássio, pela adubação
PK ou NPK.
Com as recomendações de correção e adubação acima relacionada, a Embrapa
obteve os resultados relacionados na tabela a seguir.
Tabela 21. Médias gerais de produtividades obtidas no período 1983 a 1989 em ensaios de
correção e adubação dos solos. Embrapa - Roraima, 1990.8. ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DOS MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO.
Os fatores que definem os métodos que melhor se adaptam aos ecossistemas das
áreas a serem irrigadas, envolvem os seguintes atributos: Características da área, regime
climático, demanda de água, qualidade das águas, capital a ser investido, projeção da
disponibilidade hídrica para a região. Apresentamos a seguir as vantagens, desvantagens e
componentes básicos dos métodos usuais.
8.1. Métodos
8.1.1. Aspersão
É um método de irrigação que consiste no fornecimento da água para as lavouras
através da pulverização com dispositivos de aspersão, abastecidos sob pressão. Possui as
seguintes características:
Melhor indicação: Solos arenosos, com alta capacidade de infiltração, alta
percolação. Estes solos, em sua maioria, são considerados inviáveis para o método de
superfície, pois possuem baixa capacidade de retenção das águas.
Vantagens: Permite a aplicação de fertilizantes e outros insumos, usando a água de
irrigação como veículo, economizando mão de obra.
Fatores que Condicionam o Método: Ventos fortes, temperatura, horas de insolação.
Equipamentos Básicos: Conjunto de bombas, tubulação, aspersores.
Principais Sistemas de Aspersões: Pivô Central, Aspersor Móvel, Deslocamento
Linear, Canhão Hidráulico, Sistema Fixo, Semi-fixo, Sistema Portátil, Semi-portátil, De
Rolagem Lateral, Linhas Laterais Rebocáveis.
Fatores que Condicionam os Sistemas: Economia de tubulação e mão de obra,
alinhamento e velocidade de movimentação, facilidade operacional, uniformidade na
aplicação da água, manuseio no transporte entre áreas, intensidade de aplicação, perda de
área útil.8.1.2. Superfície
Consiste na movimentação da água através da superfície por vários sistemas. Possui
as seguintes características:
Melhor indicação: Solos de textura média e argilosa, ou que pelo menos apresente
substrato com baixa permeabilidade, para retenção e manutenção dos níveis de água.
Vantagens: Independem de fatores climáticos, simplicidade operacional, opção de
utilizar águas de má qualidade, maior margem de segurança para as lavouras, Independem do
porte da cultura.
Fatores que Condicionam o Método: Disponibilidade apropriada dos recursos
hídricos, textura dos solos, capacidade de infiltração, topografia do terreno, ocorrência de
solos salinos, presença elevada de sais nas águas.
Equipamentos e/ou Projeto Básico: As projeções devem ser precisas, utilizando
equipamentos adequados às operações.
Principais Sistemas de Superfície: Por sulcos, faixas, diques, corrugações ou canais
menores, inundação e bacias em nível.
Fatores que Condicionam os Sistemas: Variedade das lavouras, sensibilidade das
culturas à escassez de aeração, susceptibilidade à erosão, vazão suficiente para manter a
lâmina hídrica.
8.1.3. Microirrigação ou Localizada
É um método de baixa pressão, que aplica água com alta freqüência e baixa
quantidade sobre ou sob os solos, na forma de gotas. Possui as seguintes características:
Melhor indicação: Para lavouras mais espaçadas, a exemplo de mamão, frutas
cítricas, etc.
Vantagens: Acentua a penetração da água em solos problemáticos, reduz a taxa de
evaporação de água, demanda menores quantidades de água por área, reduz o percentual de
presença de ervas daninhas, possibilita o uso de água salina em escala superior ao que é
permitido em outros métodos.
Fatores que Condicionam o Método: Volume do solo a ser molhado, volume
necessário para repor a água utilizada pelas lavouras, o tipo de raiz das culturas, mensuração
da infiltração e a capacidade de infiltração dos solos.
Equipamentos Básicos: Condutos de fornecimento de água, mini-aspersores,
nebulizadores, emissores.
Principais Sistemas de Microirrigação: Gotejamento, subsuperfície, exsudação,
mini-pulverizadores (microaspersão).
Fatores que Condicionam os Sistemas: Entupimento do emissor, limpeza periódica
das canalizações, inspeção de campo, acumulo de sais junto às plantas, limitação na
distribuição da água e altos custos.

 

 

 

 

 

 

 

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