Zoneamento Ecológico

 

 

 

 

 

2.2. Água Fluvial

 

As maiores disponibilidades hídricas de origem fluvial de Roraima são, pela ordem, representadas pelas bacia dos rios Uraricoera, Amajarí, Parimé e Mucajaí. O quadro completo das estimativas de recursos hídricos da área avaliada é apresentado na Tabela 9.

 

2.3. Água Subterrânea
A disponibilidade hídrica subterrânea no estado de Roraima, referente a extensão
da área estudada para a gestão territorial, estão a seguir discriminadas e caracterizadas por
bacias. Devido a sua importância geográfica na implantação de empreendimentos, destacam-
se, pela ordem, as bacias dos rios Jauaperí, Anauá, Jatapú, Xeriuini, Repartimento e
Uraricoera. Porém, em se tratando de águas subterrâneas, é necessário considerar não somente
a questão qualitativa, mais também a qualificação de parâmetros como a presença de sais
nocivos as lavouras e outros elementos.

Pode-se considerar a bacia hidrográfica como um sistema teoricamente fechado,
onde a água que entra através da precipitação é totalmente captada por esta, e por ela tende a
circular. Dessa forma, é possível calcular as disponibilidades hídricas de modo a gerir as
diversas demandas de água para o atendimento a atividades produtivas da lavoura e/ou para o
consumo humano (CPRM, 2001).
Existem diversas formas para se calcular a disponibilidade hídrica subterrânea
em bacias hidrográficas, sendo um dos métodos mais precisos o que utiliza dados
fluviométricos. Através do fluviograma correspondente, é possível separar a parcela de água
superficial e subterrânea que mantêm os fluxos das drenagens ao longo do ano; o volume de
água subterrânea encontrado será correspondente a recarga dos aqüíferos. Embora haja uma
escassez de dados, foram utilizadas estimativas de taxa de infiltração e de parâmetros
hidrodinâmicos dos diversos sistemas aqüíferos para uma avaliação preliminar das reservas
hídricas subterrâneas renováveis e permanentes (CPRM, 2001).

3. VETORES DE PERDA DE ÁGUA NO SOLO
Após a avaliação referente às origens da disponibilidade de água para suprir as
necessidade das lavouras e suas mensurações, foi imprescindível também se considerar os
vetores que colaboram com mais ênfase para a perda da água, não consumida pelas lavouras.
Dentre estes fatores, pode-se destacar os seguintes: Velocidade e constância dos ventos, horas
de insolação, textura dos solos e consistência dos substratos.


3.1. Vento
Segundo dados do INMET- RR, as maiores velocidades situam-se entre 4,0 e 4,2 m/s,
causando às lavouras de grãos, acamamento e perda de água nos horizontes superficiais.
3.2. Horas de Insolação
As maiores taxas de horas de insolação situam-se no patamar entre 210 e 245 h.
3.3 . Textura
Na região de savana, as unidades pedogenéticas dos Planossolo Háplico e
Hidromórfico textura arenosa/argilosa, Argissolo Acinzentado e Amarelo de texturas arenosa/
média, apresentam maiores comprometimentos quanto ao armazenamento de água pelos
horizontes superficiais. Na tabela, a seguir, verifica-se que a textura do solo tem peso
expressivo no comportamento da água armazenada durante o período de oito dias, conforme
percentuais de perda apresentado na Tabela 11.

 

 

 

 

 

4. DEMANDA DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO
4.1. Demanda no Estado
Os dados apresentados a seguir sumarizam o status de água para irrigação em
Roraima.

 

 

 

4.2. Demanda nas Lavouras
Considerando os dados da tabela 12 abaixo e a vocação natural da região em termos
de lavouras mais exploradas, verifica-se que as mais exigentes em m³/há são: Arroz, Melão,
Melancia e Frutícolas.

 

 

 

5. ÁREAS COM IRRIGAÇÃO EXISTENTES
Rio Tacutu - Apresenta, pela margem esquerda, lavouras de arroz extensivo em planície,
sobre Gleissolo Háplico e Planossolo Hidromórfico, pelo método de canais de irrigação.
Rio Uraricoera - Apresenta, pela margem direita, lavouras de grãos, hortas e frutícolas pelo
método de captação de água no rio, em solos Argissolo Amarelo textura média e Argissolo
Acinzentado textura arenosa/média. Destacam-se o sistema de canais de distribuição conjunto
em alvenaria do projeto Passarão, e os do Assentamento Cajual, parcialmente nos locais com
disponibilidade de eletrificação rural, aplicando o método de bombeamento individual para
pequenos sulcos de irrigação, e ainda para sistema de gotejamento usados para fruteiras como
mamão, graviola e outras.
BR-174 - Lavouras de milho em sistema de aspersão móvel próximo à Boa Vista, em
Argissolo Amarelo textura média/argilosa.
6. DADOS DE PRODUTIVIDADE DAS LAVOURAS COM IRRIGAÇÃO
6.1. Produtividade Média com Irrigação
Estimativa de Produtividade Média de Lavouras Básicas- Toneladas/Hectare.

 

 

Para o arroz, que já possui dados de produtividade, em sistema de várzeas irrigada,
como dos rios Tacutu, Uraricoera e outros, a produtividade média chega a alcançar 6,0
toneladas/hectare.
6.2. Desempenho Produtivo de Cultivares Comerciais
Para contribuir com uma produção em escala empresarial de lavouras
altamente tecnificadas, em áreas com potencialidade das terras e disponíveis
institucionalmente em áreas de savanas (lavrado), segundo o setor de pesquisa da
Embrapa, a avaliação de novos materiais genéticos tem proporcionado o surgimento de
cultivares e híbridos mais produtivos, contribuindo também para o processo de
evolução de lavouras de grãos no estado de Roraima.
6.2.1. Soja
Conforme dados de pesquisa, as variedades de soja referentes aos cultivares Mina e
Rio Balsas apresentam, no conjunto individual e média, em terras de segundo ano de uso, as
maiores produtividades em Kg/Hectare.

 

 

 

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