Bacia do Rio Cotingo

 

 

FIGURA - 19 CLIMATOLOGIA DE BOA VISTA -RR

 JAN    

FE
V   

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


FONTE: Ministério da Agricultura - estação Boa Vista - RR.

 

FIGURA 20 - ESTAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS LOCALIZADAS NO VALE DO RIO COTINGO

 

NOME

COORDENADAS

EQUIPAMENTO

INÍCIO/FIM

ÓRGÃO

Maloca do Contão

03º 27’00”
60º 26’00”

PR            
BE

10/1975

DNAEE

São João do Cotingo

04º 22’00”
60º 27’00”

PR

04/1984

DNAEE

Fazenda Bandeira Branca (I)

05º 02’00”
60º 30’00”

P
B

07/1974

DNAEE

Fazenda Bandeira Branca (II)

04º 38’00”
60º 28’00”

FRDST
BON/S

10/1970

DNAEE

Gavião

04º 41’00”
60º 29’00”

V

 

ELETRONORTE

Santo Antônio (I)

04º 35’00”
60º 20’00”

V

 

ELETRONORTE

Bacurau

04º 27’00”
60º 18’00”

V

 

ELETRONORTE

Tiporan

04º 28’00”
60º 32’00”

V

 

ELETRONORTE

Maloca do Contão (II)

03º 57’00”
60º 26’00”

FDE

09/1975

DNAEE

Santo Antônio (II)

04º 14’00”
60º 31’00”

FDV

 

ELETRONORTE

 

LEGENDA:
PR= Pluviômetro/Pluviógrafo
B= Rede Básica
V= Vazão Natural
D= Medida Descarga Líquida
E= Energética
F= Régua

 

 

 

 

 

 

 

 

FIGURA 21 - DADOS CLIMATOLÓGICOS DA MALOCA DO CONTÃO

 

 

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

 

 

 

 

 

 


 

 

 

MALO

 

CA DO 

 
 CONT

 
ÃO

 

 

300

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 PRECI
 PLUVI 

 

PITAÇ
OMÉT

 

ÕES
RICA

 

 

200

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

100

 

m/m    0

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TABELA 22 - VALE DO RIO COTINGO - PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS

 

ESTA-ÇÃO

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

ANU-AL

PERÍODO

FONTE

MALOCA DO CON-TÃO

17,1

13,3

33,6

116,7

209,6

325,7

226,6

176,0

61,5

81,3

54,6

39,3

1.355,3

1975
1977

DNAEE

SÃO JOSÉ DO COTINGO

0,8

34,7

1,4

24,3

187,2

266,7

263,1

165,0

113,7

144,2

121,7

11,5

1.333,3

1984
1986

DNAEE

FAZENDA BAN-DEIRA BRANCA

21,0

31,6

56,0

113,0

311,6

216,0

177,0

145,1

73,4

71,9

75,5

57,7

1.250,6

1976
1987

DNAEE

 

 

Thornthwaite e Mather - 1955
Modelo  U.F.    Pelotas - RS

Distância do Mar = 400 Km
Latitude    local    =  4,1

EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL MENSAL

JAN   -  130.2622  -  0,0278 X 400  =  119,15
FEV   - 110,3661  - 0,0167 X 400    =  103,69
MAR - 115,4504   - 0,0136 X 400    =  110,01
ABR  - 110,5487   - 0,0156 X 400    =  104,31
MAI  - 115,5136    - 0,0180 X 400    =  108,31
JUN   - 105,6122 + 0,006710001 X 4,1 - 0,0219 X 400 =  96,88
JUL   - 114,5748 + 0,0859     X   4,1 - 0,0219 X 400 = 106,17
AGO - 137,0299 + 0,0820 X 4,1 - 0,0279 X 400 = 126,21
SET   - 162,9973 - 0,085 X 400  = 147,60
OUT  - 168,4720 - 0,0410 X 400  = 152,07
NOV  - 155,4700 - 0,410 X 400   = 139,07
DEZ   -  152,6930 - 0,0450 X 400= 134,69

ANUAL = 1.448,16 mm

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FIGURA 23 - MALOCA DO CONTÃO - BALANÇO HÍDRICO

 

    

 

 

 


 

 

DÉFIC

 

EXCE

 

IT  

 

DENT

 

HÍDRI

 

E HÍD

 

CO

 

RICO

 

 

 

 

 

 

 

 - 400

 

 

 - 300

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 - 200

`

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 - 100

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 - 0

J

F

M

A

M

J

J

A

S

O

N

D

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3.5- GEOLOGIA

3.5.1-  Geologia Regional

3.5.1.1- Generalidades

O Escudo das Guianas de idade proterozóica faz parte do Craton Amazônico. Ele é produto de sucessão geossinclinal sendo estabilizado ao término do ciclo Transamazônico (proterozóico médio), podendo ser dividido em: embasamento, cobertura e plutonitos anorogênicos (Santos, 1984); destacam-se as Rochas Vulcânicas do Super grupo Uatumã e as Rochas Sedimentares da Cobertura Roraima como principais unidades geológicas-estratigráficas.

O embasamento do Escudo das Guianas é caracterizado por rochas metamórficas dominantemente das fácies anfibólito e granulito complexamente dobradas e intensamente cortadas por granitóides homogêneos e interpretados como produtos de diversos eventos associados a pelo menos dois ciclos tectônicos principais: -Guianense  (3.200 - 2.600 M.a) caracterizado por sedimentação geossinclinal; atividades plutônicas com metamorfismo regional e faixa de dobramentos guianense, que compreende o Complexo Guianense, com unidades litológicas de migmatitos. gnaisses, granitos, granodioritos, dioritos, granulitos, kinzigitos, trondjenitos e anfibolitos, e, Transamazônico (2.600 - 2.200 M.a.) caracterizado por sedimentação geossinclinal; efusões submarinas de ultrabásicas e básicas; atividades plutônicas e metamorfismo regional e dobramentos intensos sobre as rochas engeossinclinais; reativação e mobilização da associação petrotectônica guriense.

No final do proterozóico inferior, após a consolidação, o embasamento foi afetado por 3 (três) importantes reativações:

   Episódio Uatumã (1.900 - 1.700 M.a)- caracterizado por falhamento transcorrente e de bloco; vulcanismo de caráter intermediário a ácido de grandes proporções, denominado de Formação Surumu, sendo cortada por intrusões de plutonitos granitóides anorogênicos e cognominados  de Saracura; desenvolvimento de cataclasitos, milonitos com rumo E-W e WNW-ESE.
Sobre a cobertura Sedimentar Roraima, sobrepõe-se a associação vulcanoplutônica, de origem continental transicional e marinha, que a exemplo da cobertura vulcânica subjacente não mostra evidências de metamorfismo e apresenta-se estruturalmente afetada.

   Episódio Parguazense (1.500 - 1.600 M.a.)- manifestou-se durante a Sedimentação Roraima, respondendo pelas intercalações  de piroclásticas registradas nessa cobertura e pela intrusão de granitóides raquiviticos, designados Surucucus; relacionados a este episódio, produziu-se um magmatismo básico de natureza toleítica - Diabásio Avanavero, através de espessos sills e diques que cortam a cobertura sedimentar.

   Episódio Tectônico K'Mudku (1.000 - 1.300 M.a)- caracterizado por cataclase regional; corresponde a uma tectônica de natureza compressional com zonas de falhamento e cisalhamento, seguido por uma fase distensiva, acompanhada de sedimentação e magmatismo básico alcalino.

 

3.5.1.2 - Estratigrafia

Descrição das Unidades

 

a) Posição Estratigráfica
Está sotoposta às demais formações geológicas, desde o supergrupo Roraima, pré-cambriano, até mesmo por formações mais recentes, as aluviões.

b) Distribuição na Área
Ao norte da área é capeado pelos vucanitos do Grupo Surumu do Supergrupo Uatumã. Na porção nordeste faz contato com os sedimento da Formação Boa Vista e, na porção mais meridional e sudeste, pelos sedimentos de cobertura cenozóica. No extremo Nordeste faz contato com os sedimentos do Supergrupo Roraima.

c) Petrografia
As rochas mais comuns que constituem o Complexo Guianense são ganulitos, magmatitos, anfibólitos e granitos, dioritos, gabros e ultramáficos.

 

É constituído por rochas vulcânicas ácidas (riolitos, riodacitos e dacitos) e secundariamente por vulcânicas intermediárias (andesito, porfiritos), intrusivas ácidas (granito, granodioritos e granófiros) e piroclásticas (tufos, brechas, e ignimbritos).

 

 

É representado por um complexo de rochas vulcânicas ácidas, intermediárias e piroclásticas associadas, que corresponde à fase extrusiva do Supergrupo Uatumã

 

a) Posição Estratigráfica
Repousa discordantemente sobre todas as outras seqüências inferiores, principalmente sobre o Complexo Guianense.
Está sotoposta ao Supergrupo Roraima, onde se encontra seixos do grupo Surumu, dentro dos conglomerados polimícticos do Supergrupo Roraima.

b) Distribuição na Área
Ocorre em uma extensa faixa de direção aproximada E-W, desde a região do Médio Rio Maú até as nascentes do Rio Amajari e Alto Uraricaá, ambos afluentes do Uraricoera, prolongando-se pela Venezuela, Guiana, Suriname, bem como no Alto Trombetas e Mapuera.

c) Petrografia

 

As rochas intrusivas subvulcânicas que ocorrem associadas com as efusivas do grupo Surumu estão distribuídas  sob as mais diversas formas: circular, elipsóide, irregular e longilínea.

a) Posição Estratigráfica
Os estudos concluem serem as intrusivas subvulcânicas Surumu simultâneas ao vulcanismo, ou seja, representando a fase tardia desse paroxismo vulcânico.

b) Distribuição na Área
Ocorrem na região do Rio Parimé, Alto Surumu e Médio Cotingo, e a Leste da Serra Tepequém.

c) Petrografia

A sucessão estratigráfica estabelecida para o pacote sedimentar Roraima, comporta quatro divisões principais, respectivamente da base para o topo:

Quatro níveis de soleiras de rochas básicas relacionadas à unidade Diabásio Avanavero se intercalam na seqüência sedimentar. Diques básicos mesozóicos da Suíte Básica Apoteri seccionam todas as rochas mais antigas.

a) Posição Estratigráfica
O contato inferior desta unidade é sempre discordante, e geralmente ela repousa sobre o Grupo Surumu ou diretamente sobre o Complexo Guianense.

b) Distribuição na Área
Ocorre em quase todo o extremo norte da área, tendo continuidade para o interior da Venezuela e da Guiana.

c) Litologia

 

 

 

 

 

a) Posição Estratigráfica
O Diabásio Pedra Preta, sendo intrusivo no Supergrupo Roraima, é mais novo que este.

b) Distribuição na Área
Ocorre na direção E-W no flanco Sul na Serra do Arai. Da Serra Verde até a fazenda Iramutana no Rio Maú, passando por Pedra Preta e prolongando-se pela Guiana.
No sopé do Monte Roraima e ao longo do Médio Rio Cotingo

c) Litologia
Diabásios, dioritos e gabros.

 

A referência original ao nome Formação Boa Vista foi dada por Ramos (1956) para os sedimentos de idade quaternária, constituídos por areias argilosas, argila arenosa e cascalhos que formam a grande planície que constitui os campos de São Marcos.

a) Posição Estratigráfica
Recobre discordantemente as rochas do Complexo Guianense, do Grupo Surumu e intrusivas afins.

b) Distribuição na Área
Ocorre na parte Sul da área mapeada, no Baixo Cotingo, Baixo Surumu.

 

c) Litologia
É constituída por sedimentos inconsolidados, arenosos, com cimento argiloso e intercalações de níveis conglomeráticos.

 

Depósitos aluvionários recentes são encontrados em praticamente todos os rios da região.
Nos aluviões resultantes dos conglomerados do supergrupo Roraima é garimpado o diamante e o ouro.

 

3.5.2 - Aspectos Geológicos Locais

3.5.2.1- Bacia do Baixo Cotingo

As unidades geológicas reconhecidas na área em estudo, foram classificadas através de identificação, coleta de informações, amostras nos pontos selecionados e cronograma de atividades realizadas no campo. Quanto a descrição de amostras, foram realizadas apenas a nível macroscópico.
Na confluência do Rio Surumu, na área da Maloca do Limão, de acordo com as coordenadas geodésicas - Lat. N 03º 55’ 41” e Long. O 60º 29’ 32”, foram identificados Milonitos.  Afloram em um conjunto de lajeiros alinhados na direção 60º AZ. A rocha apresenta uma coloração esverdeada de granulação fina com destaque para as fenoclastos de feldspato de até 3mm, sendo que umas exibem uma tendência areolar. Uma interessante feição consiste no quartzo fitado (Ribbon Quartz), ressaltando na rocha um aspecto bandado.
Na Maloca do Contão, de acordo com as coordenadas geodésicas Lat. N 04º 09’ 46” e Long. O 60º 30’ 27”, foram reconhecidos na área espessos veios de quartzo com foliação subvertical na direção E-W, sendo identificados com quartizitos, sugerindo fortes possibilidades de terem sido afetados pelos episódios tectônicos.
Abrangendo as áreas conhecidas como lavrado, identificaram-se ocorrências da Formação Boa Vista, a qual recobre discordantemente as rochas do Complexo Guianense, Grupo Surumu e intrusivas afins, abrangendo quase 70% da área em estudo. Caracterizada por um conjunto litológico de sedimentos inconsolidados, arenosos com cimento argiloso e intercalações de níveis conglomeráticos, materiais arenosos, síltico-arenoso e lateritas.
Ao longo dos rios, depósitos aluvionares recobrem as demais unidades,  identificadas litologicamente como cascalho, areia, silte e argila.
Fazem parte do Grupo Surumu, os termos subvulcânicos e vulcânicos, corpos intrusivos de composição ácida a intermediária, os quais repousam discordantemente sobre as seqüências inferiores  e Complexo Guianense, sotoposta ao Grupo Roraima, tendo uma direção E-W. Associada a esses termos ocorre uma série de rochas cataclásticas, isto é, trituradas, e rochas piroclásticas identificadas como tulfos vulcânicos.
As rochas vulcânicas encontradas com maior freqüência variam de: riodacitos, dacitos, riolitos e andesitos, com textura porfiróide, microgranular, podendo ser identificados fenocristais de feldspato alcalino, plagioclásio e quartzo, integrados em uma matriz afanítica de coloração que varia de cinza escuro a roxo.
Ocorrem localmente evidências de processo cataclástico com desenvolvimento de foliação.
As rochas piroclásticas de composição máfica(biotita), coloração esverdeada a cinza escuro, com fragmentos de granulação média a fina.
Outras ocorrências foram identificadas próximo à Maloca do Contão - Lat. N 04º 10’ 15” e Long. O 60º 32’ 30”; Região Fazenda Bem-Querer, igarapé Tiporém, Igarapé do Almoço.
As rochas intrusivas subvulcânicas denominadas de Granodiorito Serra do Mel, ocorrem simultaneamente ao vulcanismo Surumu, sustentando as principais elevações da área.
As rochas subvulcânicas encontradas com freqüência, variam de granitos, granodioritos, biotita granitos, adamelitos, granofiros, microgranitos e granitos cataclásticos.
Os granitos constituem corpos de coloração rósea, equigranular, isotrópico, de granulometria grossa, podendo ser identificados fenocristais de quartzo, plagioclásio, feldspato e biotita, com destaque na Serra da Cascavel, segundo coordenadas geodésicas ; Lat. N 03º 50’ 05”  e Long.  O 60º 27’ 02”.
Os microgranitos ocorrem geralmente em forma de stocks, constituindo pequenas elevações, com destaque o Morro do Guariba. Apresenta textura porfirítica com fenocristais de feldspato alcalino, plagioclásio, quartzo e biotita, envoltos em uma matriz esbranquiçada de composição granítica, de granulação média, fanerítica.
Outras ocorrências de rochas subvulcânicas, identificadas na Serra Beija-Flor - Lat. N 04º 11’ 13” e Long. O 60º 38’ 35”e Serra do Triunfo - Lat. N 04º 14’ 28”  e Long. O 60º 28’ 08”.

 

3.5.3 - Recursos Minerais

3.5.3.1- Aspectos Genéricos

Os dados sobre ocorrências minerais na Bacia do Rio Cotingo foram baseados em informações obtidas do Projeto RADAMBRASIL(1975) e Projeto Caburaí (1990).
A garimpagem de ouro e diamantes praticada nas aluviões e terraços fluviais do Rio Cotingo, Suapi, Quinô e seus afluentes representam a atividade extrativa mineral da área.
Não existe controle da produção de ouro e diamante proveniente da atividade garimpeira que é desenvolvida por civilizados e índios aculturados.
A exploração é feita com uso de equipamentos simples ou mesmo através da garimpagem manual.
Além de existência de depósitos de materiais de uso na construção civil, foram detectados através de levantamentos aeroradiométricos, indícios de mobilizações em Urânio e Urânio-Tório.

 

3.5.3.2 - Ocorrências Minerais

No Estado de Roraima as primeiras descobertas de diamante foram registradas a partir de 1912, na Região da Serra do Urucá, proximidades da Vila Uiramutã e posteriormente, nos Vales dos Rios Suapi, Quinô, Cotingo e Maú.
O diamante ocorre em cascalhos proveniente da desagregação de conglomerados da cobertura sedimentar Roraima que é a matriz secundária do diamante.
A exploração do diamante na Bacia do Cotingo é realizada principalmente nas épocas de estiagem, nos terraços quaternários (recentes e sub-recentes) que ocorrem principalmente às margens dos Rios Suapi,  Quinô e Cotingo.

O ouro ocorre geralmente associado ao diamante, sendo gerimpado de forma isolada em várias localidades.
A garimpagem de ouro foi acentuada em meados da década de setenta, quando o mercado internacional elevou a cotação desse metal incentivando sua exploração. A partir daí foram detectados focos de garimpagem de ouro nas regiões do Rio Quinô (Caju e Serra Verde), Cotingo (Água Fria e Puxa-Faca) e Supai.

Areia, brita e blocos representam os depósitos de materiais de uso na construção civil, os quais ocorrem nos rios Cotingo, Quinô e Suapi ou ainda nos seus afluentes.

Várias feições radiométricas anômalas foram individualizadas através da interpretação de mapas aerogeofísicos, caracterizando indícios indiretos de mineralização em urânio e urânio-tório.

 

 

- Recomendações

Dentre as conclusões decorrentes dos estudos realizados pelo projeto, e visando o levantamento de informações geológicas correlacionadas as possibilidades de desenvolvimento econômico-mineral da região, indica-se:

 

 

 

Recomenda-se para a atualização de informações, sob o ponto de vista geológico, cronológico e estrutural, de:

 

 

 

 

 

 

 

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